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terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Religiosos defendem Paula Fernandes e dizem que artista pode até psicografar

Rio -  ‘Eu acho que a gente nunca está sozinho, eu não componho sozinha’. A declaração da cantora Paula Fernandes no programa Show Business, da Band, está dando pano pra manga. Após receber críticas de membros da igreja Testemunhas de Jeová, a artista ganhou ontem apoio de seguidores do espiritismo.


Segundo o pai de santo Jair de Ogum, quando Paula fala que não anda sozinha está se referindo ao seu guia espiritual. “Na prática, a pessoa aprende a cultuar esse guia, você pode explicar tudo isso dizendo que é a fé. Ela tem fé que algum espírito do bem a acompanha. Ao dizer isso, ela declara sua espiritualidade, diz que tem um protetor”, analisa o religioso.

Para ele, a cantora pode ter condições de psicografar. “Quando você está escrevendo, você é levado, como Chico Xavier, você tem uma ajuda espiritual. A pessoa está lúcida, mas é movida por uma energia superior. É uma interferência espírita. Quando ela se entrega, os anjos dizem amém e produzem com ela essa coisa bonita e positiva. Ela tem a influência de uma vibração do bem que a ajuda a compor, mas quem está compondo é ela. A Paula é o instrumento dessa energia. Se não fosse ela, não teria nada. As duas partes trabalham juntas. Quando ela escreve, pode até ouvir alguma coisa, mas não se assusta, porque está vivendo esse momento”, finaliza ele, que elogia.


Diante das críticas recebidas pro evangélicos, o pai de santo elogia a postura da cantora de não esconder a sua religião. “Achei bonita a coragem dela de assumir ser espírita, porque a única religião que as pessoas escondem é a nossa. Estou solidário a ela em função do preconceito que está sofrendo”.

Sintonia com desencarnados
Hélio Ribeiro, diretor do Conselho Espírita do Rio de Janeiro, defende que Paula tem ajuda espiritual de cantores que já morreram. “Existem seres desencarnados ao nosso lado. Quem faz o bem tem seres bons e vice-versa. Por exemplo, cantores desencarnados podem auxiliá-la. Ela própria tem seu dom, e os espíritos podem ajudar. De acordo com a nossa sintonia mental e nossa moral, nós escolhemos a companhia espiritual. Essa ajuda se dá pela intuição. É o meio mais prático da ajuda espiritual. Pelo pensamento, a gente capta o pensamento do amigo espiritual”, analisa.
‘Intolerância não é de Deus, não é do Criador’
O interlocutor da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa, Ivanir dos Santos, se mostrou indignado com as ofensas que Paula Fernandes recebeu no Facebook — houve usuários que disseram ter aberto a porta para Satanás ao ouvir o CD/DVD da cantora.
“Acho que isso mostra o que é a intolerância religiosa: um desrespeito à opção da pessoa. Uma coisa é por convicção religiosa você não gostar de uma música, outra coisa é extrapolar isso a uma campanha de ódio. É inaceitável! Isso não é uma atitude religiosa, até porque o Cristianismo prega amor e respeito”, diz ele.

“Intolerância não é de Deus, não é do Criador, isso é da ignorância do ser humano”, completa. Sobre a ‘ajuda’ na composição, o religioso acredita em inspiração divina. “É como sentir amor, não dá para explicar. A fé não se explica. Cada um tem uma espiritualidade que pode influenciar”.


Fonte: O Dia

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