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sexta-feira, 8 de junho de 2012

Paula Fernandes casa romantismo e sensualidade em "Meus Encantos"


Para quem bateu recorde de vendas de CDs e DVDs em 2011, com cerca de 1,7 milhões de cópias comercializadas do disco ao vivo - segundo dados da gravadora -, lançar um trabalho após tal sucesso  não deve ser fácil. Mas Paula Fernandes, 28 anos, respira fundo e entra na coletiva de imprensa confiante, apoiada na carreira iniciada na infância. 

Ela se revela espiritualizada e confortável com o corpo, motivo de alvoroço na internet. O sétimo disco da cantora arrasa-quarteirão mantém o lado romântico forte. Paula mostra que tem um lado menina, mas que sabe mostrar as garras. E isso ocorre também na música. 

Mais linda 

Uma dessas faixas, que revelam a menina brejeira e espevitada – nas palavras de Paula – é Mineirinha Ferveu (Pega na minha cintura/ E aperta sem ter medo/ Hoje eu quero te mostrar/ O que eu guardo em segredo). A primeira música de trabalho do novo álbum é escrita em parceria com Zezé Di Camargo, que também é coautor de Eu Sem Você.

“Não fiz as fotos mais sensuais para vender, para causar. Mas estou malhando pra caramba! Acho que tenho todas as imagens, a romântica, a mulher. Sou representante da mulher brasileira, que é a mais linda do mundo”, afirma, para arrematar em seguida: “Mas não sou perfeita”.  Sobre o amor, despista. “Não sei como dou conta, porque inventam uns três namorados por semana para mim”, diz.

Mas o amor, então, onde fica? Talvez em letras como Barco de Papel (Não vejo nada além de água e céu/ Meu bem, venha logo me achar/ Mesmo que seja num barco de papel). Ela canta, buscando um príncipe encantado que a resgate, moça perdida em uma ilha cercada por um mar de lágrimas. “Ainda acredito em conto de fadas, em um mundo melhor”, afirma.
Eletrônica 
Meus Encantos tem participação de Zé Ramalho em Harmonia do Amor, escrita pelos dois. Há duas músicas no bônus: Long Live,  gravada com a americana Taylor Swift, musa country do momento;  e Hoy me Voy, com o colombiano Juanes, com quem Paula  já havia feito parceria no  MTV Unplugged dele. Nas duas faixas, ela fez a versão em português. 

Meus Encantos não representa uma ruptura em sua carreira, explica logo a artista, acrescentando que buscou manter a unidade do produto. Algumas pitadas de ousadia foram dadas aqui e ali, explica. A faixa que dá nome ao álbum, por exemplo, traz alguns elementos eletrônicos. 

Incômodo 
Muitas das músicas compostas por Paula Fernandes e que figuram no álbum estavam prontas há muito tempo, algumas há mais de dez anos, conta. Para ela, a canção não envelhece, fica esperando o momento certo de sair do baú. 

“Geralmente, eu ouço a melodia (apontando para o ouvido). Mas não sou doida, viu? Aí pego logo o gravador ou o celular, porque a inspiração vem só uma vez e não volta mais. Às vezes, chego 6h da manhã em casa, voltando de um show, exausta, mas sento para escrever”, afirma. Na frase, revela o caráter perfeccionista, algo que, segundo Paula, a incomoda muito.

Sobre a tal pressão para igualar ou bater a vendagem do disco anterior, Paula Fernandes ao Vivo, ela mostra convicção para defender seu lado tranquilo, mineirinho. Ainda mais em época de queda de vendas na indústria fonográfica: “Não me forço a nada. Todo mundo tem uma missão. É tudo uma questão de onda, de energia. Para acontecer (o sucesso do disco), basta não me preocupar, vai levar o tempo que for preciso, sem estresse. São pulsações da vida, não fiz para vender”. 

Camisa velha  
Em relação ao trabalho, ela diz ter as melhores expectativas. Espera conseguir emocionar o público da mesma forma como a emocionou. “Acho que vão assimilar o que estou propondo, o brasileiro é muito emotivo”, diz a artista, que  se sente um exemplo para a nova geração de brasileiras. “Sempre busquei a verdade. Sou só um pequeno grão de areia”.

Quando aparece algum fantasma, ela aproveita para compor. “Já aconteceu de eu estar muito mal e sair uma música linda”, garante. Paula não gosta de festas agitadas, mas fez a baladinha Aos Olhos do Tempo. “Música para dançar tem de ter mensagem, não dá para ser vazia. Ela tem uma pegada teen e fala da ideia de que o amor persiste ao tempo”, explica.

Paula transita bem no louco mundo da indústria fonográfica, mas mostra que o lado meigo e introspectivo não é puro marketing. Vive em um sítio recém-comprado perto de Belo Horizonte. Busca restaurar o contato com as raízes. Ela nasceu em Sete Lagoas, no interior do estado.  “Quero criar meus bichos, cavalo, vaca, cachorro”, diz. Em casa, adorar ficar de cabelos presos em coque e usando camisa velha e chinelo.  

Sem pausa 
 Paula terminou  a primeira grande turnê, pós-estouro nacional. “Pois é, fiquei me despedindo lá de minha árvore, de meu balancinho”, diz, se referindo a alguns elementos da cenografia. E ela já emendou com a nova turnê. Meus Encantos estreou anteontem, em São Paulo.

Sobre o novo show, com direção geral de Gringo Cardia, Paula baba na cria. Diz que bolaram coisas novas, sem especificar o quê. “Meu show tem de ser espetacular. As pessoas são carentes de alegria”, explica.

Apostas na carreira internacional
Paula Fernandes tem focado parte de seus projetos fora do país. Em 2011, gravou com Taylor Swift a música Long Live, escrita por Taylor e que entrou no álbum da americana Speak Now World Tour Live . O dueto, com Paula cantando em português, é uma das duas faixas bônus de Meus Encantos. 

Ainda na área internacional, Paula gravou, em Miami, a música Hoy me Voy, com o colombiano Juanes, para o disco dele MTV Unplugged. “Acho que isso tudo vai dar uma projeção internacional ao meu trabalho, muitos terão acesso à minha música”, disse Paula, que também se apresentou na festa do Grammy Latino, em novembro, em Las Vegas.


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